Por Mauro A. Lorenzon
E os investimentos em educação, saúde e segurança, como vão?
O que é prioridade neste país?
O pão e o circo?
Investimento em Galeão e Confins será de R$ 8,7 bilhões
Detalhe: dinheiro público, proveniente do BNDES, com juros subsidiadíssimos!!!
“A principal mudança diz respeito à empresa que de fato vai operar os aeroportos. Pelo modelo anterior - que depois foi alvo de críticas pelo próprio governo -, exigia-se no mínimo 10% de participação de uma companhia que tivesse experiência em aeroportos com movimentação de pelo menos 5 milhões de passageiros por ano.
Agora, apenas operadores com experiência em aeroportos com pelo menos 35 milhões de passageiros por ano estarão aptos, e terão que entrar com uma participação de pelo menos 25% nos consórcios.”
ATENÇÃO: os nichos existentes em qualquer aeroporto são no segmento de passageiros e de cargas e isso é conhecimento basilar; mesmo no novo modelo proposto para Galeão e Confins o Governo Federal está entregando no pacote o negócio de Logística de Cargas, onde a Infraero atua e é referencial mundial, sendo detentora de prêmio internacional de excelência no trato com a carga aérea; fatalmente será substituída por operador estrangeiro, que sequer terá que comprovar experiência neste segmento, tal qual ocorreu em Viracopos, aeroporto vocacionado para a carga aérea no comércio exterior.
CIDADÃO: não julgue sem conhecer um dos patrimônios nacionais na área de infraestrutura aeroportuária: a INFRAERO, empresa pública federal.
Veja também: INFRAERO CARGO
MATÉRIA NA ÍNTEGRA:
“A principal mudança diz respeito à empresa que de fato vai operar os aeroportos. Pelo modelo anterior - que depois foi alvo de críticas pelo próprio governo -, exigia-se no mínimo 10% de participação de uma companhia que tivesse experiência em aeroportos com movimentação de pelo menos 5 milhões de passageiros por ano.
Agora, apenas operadores com experiência em aeroportos com pelo menos 35 milhões de passageiros por ano estarão aptos, e terão que entrar com uma participação de pelo menos 25% nos consórcios.”
ATENÇÃO: os nichos existentes em qualquer aeroporto são no segmento de passageiros e de cargas e isso é conhecimento basilar; mesmo no novo modelo proposto para Galeão e Confins o Governo Federal está entregando no pacote o negócio de Logística de Cargas, onde a Infraero atua e é referencial mundial, sendo detentora de prêmio internacional de excelência no trato com a carga aérea; fatalmente será substituída por operador estrangeiro, que sequer terá que comprovar experiência neste segmento, tal qual ocorreu em Viracopos, aeroporto vocacionado para a carga aérea no comércio exterior.
Veja também: INFRAERO CARGO
MATÉRIA NA ÍNTEGRA:
Na tentativa de garantir apenas competidores de peso na privatização dos
aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, na região de Belo
Horizonte, o governo aumentou as exigências para os candidatos aos contratos
que, juntos, somarão R$ 8,7 bilhões em investimentos, mas barrou os fundos de
pensão que levaram a concessão do aeroporto de Guarulhos no ano passado.
A diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou nesta
quarta-feira, 29, a
abertura de consulta pública sobre a minuta de edital para o leilão do Galeão e
de Confins. Segundo o cronograma do órgão regulador, o documento final deverá
ser publicado em setembro para que a disputa ocorra até o dia 30 de outubro.
Com isso, as primeiras obras e reformas nos dois aeroportos poderiam começar no
primeiro semestre de 2014, após um período de transição de controle da Infraero
para os novos operadores.
Assim como na modelagem anterior que serviu como parâmetro para os
leilões dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos (em Campinas), a
Infraero seguirá como sócia minoritária dos empreendimentos, com 49% de
participação. Já a composição dos consórcios que serão responsáveis pelos 51%
restantes - incluindo a operação dos complexos - terá que ser completamente
diferente.
A principal mudança diz respeito à empresa que de fato vai operar os
aeroportos. Pelo modelo anterior - que depois foi alvo de críticas pelo próprio
governo -, exigia-se no mínimo 10% de participação de uma companhia que tivesse
experiência em aeroportos com movimentação de pelo menos 5 milhões de
passageiros por ano.
Agora, apenas operadores com experiência em aeroportos com pelo menos 35
milhões de passageiros por ano estarão aptos, e terão que entrar com uma
participação de pelo menos 25% nos consórcios. Além disso, a garantia de
proposta nos novos leilões passou de 0,7% para 1% e o aporte inicial de capital
passou de 10% para 30%.
"As mudanças nas regras de concessão para Galeão e Confins darão
mais qualidade ao serviço. Temos de ter grandes operadores para trazermos novas
tecnologias e práticas", afirmou nesta quarta-feira, 29, o ministro da
Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco. "Com as novas
exigências, o objetivo é atrair concorrentes de grande porte com fôlego para
investimentos", completou o secretário executivo da pasta, Guilherme
Ramalho.
Segundo ele, 33 aeroportos no mundo operavam com mais de 35 milhões de
passageiros por ano em 2011, e por isso, 30 ou 31 operadores aeroportuários têm
condições de participarem do leilão. "Entendemos haver concorrência para o
processo. A expectativa é termos mais que os 11 participantes do leilão
anterior", completou Ramalho.
Além disso, as autoridades do setor decidiram vetar a participação no
próximo leilão dos acionistas diretos ou indiretos dos consórcios vencedores
das privatizações de Brasília, Guarulhos e Viracopos. Com isso, os fundos de
pensão - que se tornaram parceiros contumazes do governo em grandes
empreendimentos - ficarão de fora do processo. No começo de 2012, um consórcio
formado pelos fundos Petros, Previ e Funcef levou a concessão de Guarulhos por
mais de R$ 16 bilhões.
"A proibição foi feita agora para estimular a concorrência entre
aeroportos", alegou Ramalho, acrescentando que a prática de vedar a
participação de vencedores de leilões pode não ser adotada em concessões
futuras.
Investimentos
A demanda atual do aeroporto do Galeão é de 17 milhões de passageiros
por ano, devendo chegar a 60 milhões ao fim do período de concessão, de 25
anos. Os investimentos previstos nesse período são de R$ 5,2 bilhões e o valor
mínimo do leilão do aeroporto é de R$ 4,65 bilhões mais 5% de receita bruta
anual do empreendimento.
Já em Confins, a demanda atual é de 10,4 milhões de passageiros por ano,
com expectativa de 43,3 milhões ao fim da concessão de 30 anos. O valor mínimo
do leilão do aeroporto mineiro será de R$ 1,56 bilhão, também com mais 5% de
receita bruta anual. Em ambos os aeroportos, a taxa referencial de retorno de
investimento é de 6,46% e o financiamento do BNDES abrangerá até 70% do volume
de investimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.