terça-feira, 28 de maio de 2013

O caminho para o atendimento da sociedade nos aeroportos brasileiros é a privatização?

Por Mauro André Lorenzon


Para que o Governo Federal criou o Regime Diferenciado de Contratações Públicas – RDC?


É importante destacar que o RDC encontra-se vigente desde AGO/2011 (DOU de 5.8.2011 - Edição extra e retificada em 10.8.2011), aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:

I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO); e

II - da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, às constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios;

III - de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II. (GRIFO NOSSO)




Não nos esqueçamos que a MP 527/2011 - que criou o RDC – foi convertida na Lei nº 12.462, de 04/08/2011 e sua constitucionalidade foi questionada pelo Procurador Geral da República.


Ação do MPF questiona no Supremo regime de contratações públicas para obras da Copa.



Enquanto se discute a inconstitucionalidade da Lei no STF, Câmara aprova RDC para reforma de aeroportos públicos.


Além disso, onde está o plano de outorgas? 
O Governo Federal precisa apresentá-lo à sociedade brasileira!

Oferta dos aeroportos brasileiros precisa mais do que dobrar até 2030


A oferta dos aeroportos brasileiros precisa mais do que dobrar até o ano de 2030 para atender ao aumento da demanda. A avaliação é de estudo realizado pelo Grupo de Economia da Infraestrutura & Soluções Ambientais da FGV-EAESP (Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas).
De acordo com o levantamento, espera-se que até 2030 o Brasil enfrente uma demanda de 312 milhões de passagens aéreas, praticamente o triplo do que apresentava em 2009. Atualmente, a oferta dos aeroportos brasileiros gira em torno de 130 milhões de passageiros por ano.
Baseado nisso, o Grupo estima que sejam necessários investimentos na ordem de R$ 25 a R$ 34 bilhões nos 20 principais aeroportos do país para que o aumento de capacidade atenda á demanda. “Fica evidente, portanto, a urgência dos investimentos nos aeroportos brasileiros”, ressalta o estudo.
A área que mais necessita de intervenções, conforme a pesquisa, é a de terminais de passageiros. Considerando todos os setores, os investimentos mais vultuosos devem ser feitos entre 2021 e 2030, período em que mais deve aumentar a demanda de passageiros no Brasil.

Últimos dez anos

Nos últimos dez anos, o aumento da demanda no transporte aéreo cresceu mais do que a própria população, aponta o estudo, 10,8% frente a 10%, respectivamente.
Uma das explicações para tal movimento é a redução no preço médio das passagens aéreas, que, entre 2002 e 2012, diminuiu cerca de 43%, ao passar de R$ 515,17 para R$ 293,50.
“A expansão da demanda está associada a vários fatores como a expansão da renda, do crédito e a redução de preço das passagens aéreas e a diversificação de opções de rotas”, explica o levantamento.


http://br.financas.yahoo.com/noticias/oferta-dos-aeroportos-brasileiros-precisa-160400578.html

Excelentíssima President(A) da República:

Gostaríamos muito de saber como é que a oferta dos aeroportos brasileiros vai dobrar até 2030, sem planejamento estratégico, ou seja, sem um Plano de Outorgas para o setor da aviação civil brasileira?

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